Caros Amigos do Bunheiro e Pardilhó, Cá estamos no extremo da Angola, muito longe de tudo e de todos, sobretudo, muito longe de todos vós. Mas acreditem que, mesmo estando a toda esta distância, temos-vos connosco bem junto do coração, não esquecendo as nossas mães, pais, filhos, irmãos, sobrinho e esposa. Não esquecemos também a Carla, a Daniela, a Sílvia, a Inês e a Glória. Queremos dizer-vos que esta gente está completamente sozinha, sofre de abandono profundo, mas é gente que existe, são nossos irmãos e precisam que alguém olhe para eles. Estamos a trabalhar em condições que em Portugal são impensáveis, mas que existem, embora a maioria das pessoas não acredite. Os nossos jovens que estão aqui connosco, são do melhor que podemos ter. Estão, como todos nós, a dar o máximo. Estamos muito unidos e isso é o que nos dá alento para continuarmos com uma vontade de "ferro" para nunca parar de trabalhar. Queremos fazer-vos um pedido: rezem por nós, para que continuemos forte